Incidência de interações violentas em duas escolas públicas do Distrito Federal

Abstract

O homem adulto de hoje, tem influências diversas em sua construção, incluindo a sua infância e adolescência dentro da escola. Assim, além das mudanças na estrutura da escola que agora é aberta a toda população brasileira, ocorreram também mudanças na própria adolescência; o “adolescer”, também ganhou outro sentido com o passar do tempo. Quando a menina começava a criar seios, a associação com a amamentação já era feita, e os meninos quando começavam a criar corpo pensava-se na força para o trabalho, porém, hoje, este desenvolvimento corporal que ocorre na adolescência é associado à sedução e masculinidade (BOCK, 2004). Essas mudanças também influenciam na forma desses adolescentes se comunicarem, muitas vezes pela violência relacionada a estes fatores. Segundo Bock (2004), a vida em sociedade e o trabalho são atributos que consentem um salto na qualidade do desenvolvimento humano, desta forma, não limitado às questões biológicas, mas sim, às leis sócio-históricas. Assim como o trabalho, a escola faz parte desses atributos do desenvolvimento humano. O desenvolvimento humano visa adaptar-se à natureza e se a humanidade é apropriada pelo individuo com o contato com a cultura, fica claro que diferenças sociais afetam o desenvolvimento dos homens. A adolescência não é uma fase natural do desenvolvimento entre a infância e vida adulta, mas uma construção social que repercute na subjetividade do desenvolvimento do homem moderno. Este momento é significado, interpretado e construído pelos homens. A identidade é construída convertendo elementos sociais em individual (BOCK, 2004). Sendo assim, a violência na escola está intimamente ligada à construção do sujeito, que vive nesta cultura e que está em um momento peculiar que é a adolescência, onde esses elementos sociais, que se apresentam também de forma violenta, são convertidos em elementos individuais.